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Bizâncio
Bizâncio

 
Mosaico onde se pode observar o imperador Justinianocom o bispo Maximiano, governador de Ravena, a par com a sua guarda pessoal e membros da corte.

À medida que a Europa Ocidental assistia à formação de novos reinos, o Império Romano do Oriente manteve-se intacto, chegando até a verificar-se um renascimento económico que perdurou até ao início do século VII. No Oriente, ocorreram muito menos tentativas de invasão, e a maioria centrou-se sobretudo na zona dos Balcãs. Durante todo o século V, a paz foi constante com o Império Sassânida(persa), oponente ancestral de Roma no domínio territorial da região. Assistiu-se também ao estreitamento de relações entre a governação política e a Igreja Cristã, tendo no Oriente as questões doutrinais assumido um relevo sem paralelo na Europa ocidental. A nível jurídico, procedeu-se à codificação do direito romano, conhecido como o Codex Theodosianus.[42] No reinado de Justiniano procede-se a uma compilação ainda mais detalhada, conhecida como Corpus Juris Civilis.[43] Justiniano presenciou também a edificação daHagia Sophia em Constantinopla e a reconquista do Norte de África aos Vândalos e de Itália aos Ostrogodos. A conquista de Itália sofreu um revés devido à deflagração de uma epidemia mortal em 542, que levou à concentração dos parcos recursos apenas na defesa do território já conquistado.[44]

A progressiva infiltração dos povos Eslavos nos Balcãs trouxe consigo novos problemas. Embora se tenha iniciado com pequenas invasões, por volta de 540 as tribos eslavas encontravam-se já na Trácia e na Ilíria, e viriam a derrotar em 551 um dos exércitos imperiais perto de Adrianópolis. Durante a década de 560, os Ávaros iniciam uma expansão territorial a partir da margem Norte do rio Danúbio, e por volta do fim do século VI até ao fim do século VIII são já a força dominante na Europa Central e capazes de exigir aos imperadores Orientais o pagamento de tributos.[45] Outro dos mais notáveis problemas enfrentados pelo império foi o envolvimento do imperadorMaurício I na política persa, ao intervir numa disputa sucessória. Embora a sua ascensão ao trono persa tenha significado um breve período de paz, a sua subsequente deposição levou à invasão dos Persas, que, durante o reinado de Heráclio, dominavam já grande parte do império, incluindo as províncias do Egipto, da Síria e da Ásia, quando Jerusalém caiu, em 614 . Mais tarde, em 628, Heráclio assinaria um tratado de paz que restauraria as antigas fronteiras imperiais.[46]